Imagem do post Dengue na gravidez: entenda os riscos para a mãe e para o bebê


A gestação é uma experiência singular e repleta de momentos alegres e desafios. No entanto, quando se trata de doenças, como a dengue na gravidez, as preocupações tendem a se intensificar¹.

Neste artigo, vamos esclarecer os riscos de contrair o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti durante a gestação¹.

Ao longo dos próximos parágrafos, abordaremos os seguintes tópicos:

  • potenciais complicações para mãe e para o feto;
  • transmissão vertical;
  • prevenção;
  • cuidados pós-parto;
  • dados cerebrais ao bebê.

Convidamos você a continuar a leitura e conferir que estratégias podem ser adotadas para garantir um ambiente seguro e saudável para o recém-nascido.

Gravidez pode aumentar risco de contágio e complicações da dengue?

A gravidez pode, de fato, aumentar o risco de contágio e complicações associadas à dengue. Isso porque as gestantes experimentam alterações fisiológicas em seu sistema imunológico, tornando-as mais suscetíveis a infecções virais, incluindo a dengue1,2.

Além disso, a presença do vírus da dengue durante esse período pode aumentar as chances de problemas de coagulação, hemorragias e outras complicações sérias - tanto para a mãe quanto para o feto1,2.

Risco aumentado de complicações para a mãe

Mulheres grávidas com dengue podem ter um risco maior de desenvolver formas graves da doença, como dengue hemorrágica ou síndrome de choque da dengue¹.

O risco aumentado de complicações da dengue para a mãe durante a gestação é uma preocupação substancial devido às alterações imunológicas e fisiológicas típicas da gravidez¹.

As complicações podem incluir distúrbios de coagulação, sangramento excessivo e comprometimento dos órgãos¹.

A gestação intensifica os desafios associados à dengue, destacando a necessidade de cuidados e monitoramento rigorosos para garantir uma gravidez saudável¹.

Riscos para o feto

Os riscos para o feto associados à dengue durante a gestação são significativos, demandando uma atenção especial¹.

A infecção por dengue durante a gravidez pode estar associada a um maior risco de parto prematuro, baixo peso ao nascer e até mesmo perda gestacional¹.

Há chances de que sejam desencadeadas consequências de longo prazo, afetando o desenvolvimento neurológico e comprometendo a saúde geral da criança¹.

Transmissão vertical

Embora raro, existe o risco de transmissão do vírus da dengue da mãe para o feto³.

Apesar de o risco da chamada “transmissão vertical” ser relativamente baixo, quando ocorre, pode resultar em complicações neonatais, incluindo prematuridade, baixo peso ao nascer e outras complicações relacionadas à saúde do recém-nascido³.

Monitoramento e tratamento cuidadoso

O tratamento da dengue em mulheres grávidas exige uma atenção minuciosa, considerando não apenas a saúde da mãe, mas também a do bebê em desenvolvimento².

Dada a complexidade dessa situação, é imperativo que o manejo da doença seja conduzido por profissionais de saúde especializados em cuidados obstétricos².

Estes profissionais possuem conhecimento aprimorado sobre as nuances e desafios da gestação, garantindo personalização da abordagem e segurança para cada paciente².

O monitoramento contínuo durante o tratamento é crucial para identificar prontamente qualquer indício de complicação tanto na mãe quanto no feto, permitindo intervenções oportunas².

A colaboração entre especialistas em obstetrícia e infectologia é essencial para assegurar que o tratamento seja eficaz e seguro, minimizando os riscos potenciais e preservando a saúde da mãe e do bebê².

Prevenção é crucial

Dada a vulnerabilidade acrescida durante a gestação, é de extrema importância que as mulheres grávidas adotem medidas preventivas robustas para evitar a exposição às picadas de mosquito Aedes aegypti, que são vetores da dengue³.

Isso inclui a adoção de precauções adicionais, tais como o uso de roupas de proteção, preferencialmente de manga longa e calças compridas, especialmente durante os momentos em que a atividade dos mosquitos é mais intensa³.

A aplicação de repelentes que não oferecem risco para gestantes, conforme recomendado por profissionais de saúde, é uma prática fundamental. Além disso, garantir que os ambientes residenciais estejam livres de potenciais locais de procriação de mosquitos, como água parada, é crucial³.

Essas medidas preventivas são essenciais para resguardar a saúde materna e fetal, minimizando o risco de contrair a dengue durante a gravidez³.

Cuidados pós-parto

Quando uma infecção por dengue ocorre em proximidade ao momento do parto, a necessidade de cuidados especiais para o recém-nascido se torna imprescindível¹.

Afinal, a transmissão vertical do vírus é uma preocupação, e os profissionais de saúde devem estar atentos a possíveis sintomas neonatais da dengue¹.

Monitoramento intensivo, exames laboratoriais específicos e intervenções oportunas são essenciais para avaliar a presença do vírus no recém-nascido e garantir uma abordagem de tratamento adequada, visando minimizar complicações¹.

A coordenação efetiva entre equipes de obstetrícia e pediatria é fundamental para assegurar que os cuidados e a atenção necessários sejam prestados tanto à mãe quanto ao bebê, promovendo um início saudável e seguro para a vida do recém-nascido¹.

Veja também: Tomar ibuprofeno na gravidez: entenda por que NÃO é indicado

Dengue na gravidez pode causar malformação do cérebro do bebê?

A relação entre a infecção por dengue durante a gravidez e malformações cerebrais no feto é uma área de preocupação. A literatura científica sugere que a dengue não é uma teratogênese clássica, ou seja, não é conhecida por causar malformações congênitas4.

No entanto, há evidências de que a infecção por dengue durante a gravidez possa estar associada a complicações, incluindo riscos para o desenvolvimento fetal4.

A infecção pode, em casos mais graves, impactar o desenvolvimento do sistema nervoso central, incluindo o cérebro. Embora não seja uma correlação direta de malformações cerebrais, a dengue na gravidez pode contribuir para adversidades no desenvolvimento neurológico fetal4.

A prevenção, o monitoramento rigoroso e a intervenção médica adequada são, portanto, cruciais para minimizar tais riscos4.

Frida App: o aplicativo que cuida da sua saúde

Agora que você já está mais ciente sobre os efeitos e riscos da dengue na gravidez, te convidamos a conhecer a Frida!

Ela é um aplicativo desenvolvido para ajudar você com mais de 80 dicas e conteúdos sobre saúde da mulher.  

Nessa ferramenta totalmente gratuita, você consegue monitorar o seu ciclo menstrual de forma personalizada, calcular o período fértil e montar a sua tabela.

Além disso, é possível manter um registro atualizado de sintomas e ter acesso a gráficos e relatórios gerados automaticamente e que podem ser compartilhados com o seu médico.

Dá também para criar uma agenda com alertas para as próximas consultas ao ginecologista.

Baixe agora mesmo o Frida App para Android e iOS!

Conheça os Termos de Uso e a Política de Privacidade do aplicativo. 

Sobre o autor

Buscofem

O ibuprofeno é uma molécula que possui ação analgésica e anti-inflamatória contra as cólicas menstruais, dores de cabeça e no corpo.

Nas versões em cápsulas líquidas, a ação acontece a partir de 20 minutos após sua administração e permanece por 4 a 6 horas.

Conheça o autor

1. Martin BM, Evans AA, de Carvalho DS, Shimakura SE. Clinical outcomes of dengue virus infection in pregnant and non-pregnant women of reproductive age: a retrospective cohort study from 2016 to 2019 in Paraná, Brazil. BMC Infectious Diseases. 2022 Jan 4;22(1). Disponível em: https://bmcinfectdis.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12879-021-06985-w. Acesso em: 07 mar. 2024.

2. Pouliot, Sawyer H. MPH; Xiong, Xu MD, DrPH†; Harville, Emily; Paz-Soldan, Valerie PhD; Tomashek, Kay M. MD, MPH, DTM; Breart, Gerard MD**; Buekens, Pierre. Maternal Dengue and Pregnancy Outcomes: A Systematic Review. Obstetrical & Gynecological Survey 65(2):p 107-118, February 2010. | DOI: 10.1097/OGX.0b013e3181cb8fbc. Disponível em: https://journals.lww.com/obgynsurvey/abstract/2010/02000/maternal_dengue_and_pregnancy_outcomes__a.21.aspx. Acesso em: 07 mar. 2024.

3. Tan, Peng Chiong MRCOG1; Rajasingam, Geetha MBBS1; Devi, Shamala PhD2; Omar, Siti Zawiah MMed1. Dengue Infection in Pregnancy: Prevalence, Vertical Transmission, and Pregnancy Outcome. Obstetrics & Gynecology 111(5):p 1111-1117, May 2008. | DOI: 10.1097/AOG.0b013e31816a49fc. Disponível em: https://journals.lww.com/greenjournal/abstract/2008/05000/dengue_infection_in_pregnancy__prevalence,.15.aspx. Acesso em: 07 mar. 2024.

4. Paixão ES, Teixeira MG, Costa M da CN, Barreto ML, Rodrigues LC. Symptomatic Dengue during Pregnancy and Congenital Neurologic Malformations - Volume 24, Number 9—September 2018 - Emerging Infectious Diseases journal - CDC. wwwnccdcgov [Internet]. Disponível em: https://wwwnc.cdc.gov/eid/article/24/9/17-0361_article. Acesso em: 07 mar. 2024.

Se dói nas mulheres, Buscofem®

Embalagem de Buscofem gotas.

Buscofem® Hot

Adesivo térmico

SAIBA MAIS ONDE ENCONTRAR
Embalagem de Buscofem em cápsulas Liqui-Gels™.

Buscofem® Gotas

Líquido

SAIBA MAIS ONDE ENCONTRAR