Imagem do post Dor embaixo da barriga na gravidez: causas e quando se preocupar

Sentir dor embaixo da barriga pode ser preocupante, especialmente se você estiver grávida. Esse desconforto varia em intensidade e frequência, e suas causas são diversas - desde problemas digestivos simples a infecções, cistos ovarianos ou complicações na gestação¹.

Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para explicar o que pode ser dor embaixo da barriga e quando se preocupar.

Continue a leitura até o final para descobrir também as principais opções de remédio para tratar as dores abdominais.

Resumo

  • Infecções urinárias podem causar dor forte embaixo da barriga na gravidez, além de ardor ao urinar e necessidade frequente de ir ao banheiro³.
  • Condições ginecológicas, como cistos nos ovários e endometriose, podem provocar dor e exigem avaliação de um especialista para um diagnóstico preciso¹.
  • Os ligamentos (redondos e uterinos) que sustentam o útero podem esticar conforme o órgão cresce. Esse processo resulta em dor aguda ou pontadas na região pélvica e abdominal².
  • A dor na barriga é preocupante quando outros sinais se manifestam, como dor intensa e persistente, febre (pode indicar infecção ou inflamação), náusea e vômito (pode indicar obstrução intestinal), diarreia persistente ou incapacidade de evacuar, inchaço abdominal repentino e distensão (podem indicar acúmulo de fluido no abdômen ou problemas hepáticos) ¹.
  • Analgésicos e anti-inflamatórios (como o ibuprofeno) reduzem a percepção da dor e a inflamação¹. Já os antiespasmódicos (como a butilescopolamina) relaxam os músculos intestinais e minimizam os espasmos5, 6.

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O que pode ser dor embaixo da barriga?

Entre as causas gerais para dor embaixo da barriga, podemos destacar1 - 3:

  • problemas digestivos: gases e prisão de ventre são comuns devido a hábitos alimentares inadequados ou ao consumo de certos alimentos, como brócolis e feijão.
  • infecções urinárias: podem causar dor forte embaixo da barriga na gravidez, além de ardor ao urinar e necessidade frequente de ir ao banheiro.
  • cólicas menstruais: ocorrem devido às contrações do útero durante o ciclo menstrual para eliminar o excesso de tecido endometrial.
  • distúrbios no intestino: os mais comuns são a síndrome do intestino irritável (SII) e doenças inflamatórias intestinais.
  • condições ginecológicas: cistos nos ovários ou endometriose, que exigem avaliação de um especialista para um diagnóstico preciso.
  • gravidez: a dor se deve às mudanças fisiológicas e hormonais durante a gestação.

Dor forte embaixo da barriga na gravidez é grave?

Nem sempre a dor forte embaixo da barriga na gravidez é motivo de preocupação. Confira os principais motivos atrelados a esse desconforto4.

Crescimento do útero

À medida que o bebê se desenvolve, o útero expande seu tamanho para acomodar o feto em crescimento. Essa dilatação pode causar dor embaixo da barriga, especialmente entre o 6º e o 9º mês de gestação4.

Expansão dos ligamentos

Os ligamentos (redondos e uterinos) que sustentam o útero podem esticar conforme o órgão cresce. Esse processo resulta em dor aguda ou pontadas na região pélvica e abdominal4.

Constipação e gases

A gravidez pode provocar alterações no sistema digestivo, como constipação e acúmulo de gases. Dessa maneira, a gestante sente distensão e dor na barriga4.

Cólicas uterinas

Contrações uterinas leves e irregulares são comuns durante a gravidez, com destaque para o primeiro trimestre. É comum confundir esse fenômeno com dor abdominal4.

Infecções urinárias

Infecções urinárias, como cistite e uretrite, são mais comuns durante a gravidez devido às mudanças no trato e ao aumento da pressão sobre a bexiga. Desconforto ao urinar, dor abdominal baixa e urgência para fazer xixi podem sinalizar um quadro de infecção desse tipo3.

Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é uma condição dolorosa que se caracteriza pela elevada pressão arterial e pela presença de proteína na urina após a 20ª semana de gravidez4.

Sempre consulte um profissional de saúde em caso de dor abdominal durante a gravidez4.

Quando a dor na barriga é preocupante?

A dor na barriga é preocupante quando determinados sinais se manifestam¹:

  • dor intensa e persistente;
  • febre (pode sinalizar infecção ou inflamação);
  • náusea e vômito (sinalizar de obstrução intestinal);
  • diarreia persistente ou incapacidade de evacuar;
  • inchaço abdominal repentino e distensão (podem indicar acúmulo de fluido no abdômen ou problemas hepáticos);
  • sangramento nas fezes ou vômito com sangue;
  • dor que irradia para o ombro ou costas.

Caso você perceba qualquer um desses sinais de alerta junto com a dor embaixo da barriga, é importante buscar avaliação médica imediata¹.

Ignorar esses sintomas pode resultar em complicações graves e até mesmo colocar a vida em risco¹.

Remédio para dor na barriga: o que tomar?

A escolha do remédio para dor na barriga mais adequado depende da causa do desconforto¹.

Analgésicos e anti-inflamatórios (como o ibuprofeno) reduzem a percepção da dor e a inflamação5.

Já os antiespasmódicos (como a butilescopolamina) relaxam os músculos intestinais e minimizam os espasmos6.

Os antiácidos, por sua vez, são muito eficazes quando a dor é consequência de refluxo gastroesofágico e indigestão¹.

Há ainda os antibióticos, que os médicos prescrevem para tratar infecções bacterianas que causam dor na barriga¹.

Para cólicas resultantes de constipação, os laxantes podem aliviar o desconforto ao facilitar a evacuação por meio do aumento da quantidade de água nas fezes ou pelo estímulo dos movimentos intestinais³.

Por fim, os probióticos são suplementos alimentares que contêm bactérias “boas” para o intestino. Essa alternativa ajuda a fortalecer a microbiota intestinal e alivia os sintomas desconfortáveis de diversas condições digestivas¹.

Grávida pode tomar ibuprofeno?

Não se recomenda o ibuprofeno para grávidas devido a seus potenciais efeitos adversos ao feto. Isso porque esse anti-inflamatório não esteroide (AINE) pode interferir no desenvolvimento fetal, especialmente no último trimestre, e gerar complicações, como fechamento do ducto arterial antes do momento adequado4.

Além disso, o ibuprofeno pode prejudicar a função renal do feto. Sua capacidade de atravessar a barreira placentária aumenta o risco de efeitos colaterais4.

No entanto, a escolha do analgésico pode depender de diversos fatores, como a condição clínica da gestante. Por isso, a consulta médica é indispensável para determinar a opção mais segura e garantir que a mamãe receba o cuidado necessário enquanto preserva a saúde do bebê em desenvolvimento4.

Sobre o autor

Buscofem

O ibuprofeno é uma molécula que possui ação analgésica e anti-inflamatória contra as cólicas menstruais, dores de cabeça e no corpo.

Nas versões em cápsulas líquidas, a ação acontece a partir de 20 minutos após sua administração e permanece por 4 a 6 horas.

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