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Muitas descobertas da medicina aconteceram de forma inusitada e a do ibuprofeno foi um desses casos. Uma ressaca do seu criador deu vida a um dos remédio mais populares e usados no mundo atualmente.
Neste artigo, reunimos as principais informações sobre o ibuprofeno — o que é, a história da sua criação, para que serve, como tomar, efeitos colaterais — e respondemos as dúvidas mais frequentes sobre o medicamento.
Continue a leitura e confira!
O ibuprofeno é uma substância analgésica utilizada para alívio de dores leves e moderadas, além de ter ação anti-inflamatória e antipirética. Foi o primeiro princípio ativo da família de derivados do ácido propiônico1.
Está disponível no mercado como medicamento de venda livre, ou seja, isento de prescrição. e pertence à classe de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), ou seja, não possui hormônios em sua fórmula1.
Inclusive, o ibuprofeno foi classificado como o AINE convencional mais seguro pelos sistemas espontâneos de notificação de reações adversas a medicamentos no Reino Unido1.
A dor é um sintoma desagradável, porém é a maneira pela qual o corpo indica a presença de uma possível lesão quando sofremos um acidente ou a presença de uma disfunção no organismo como doenças inflamatórias, distúrbios reumatóides e osteoartrite.
Além disso, a dor pode acontecer depois de uma atividade intensa como a mudança de casa, em que fazemos mais esforço do que o de costume. Ou também por causa do início do ciclo menstrual, quando as mulheres têm dismenorreia e cólicas ao longo dos dias de fluxo.
Por isso, saber o que é e conhecer o princípio ativo é o primeiro passo para escolher o medicamento mais adequado.
No caso dos Medicamentos Isento de Prescrição (MIPs), como o ibuprofeno, o farmacêutico é o principal ponto de apoio e o profissional habilitado para dar orientações às pessoas, o que garante o uso correto e os cuidados necessários.
Stewart Adams, um pesquisador e farmacologista inglês, foi quem realizou pesquisas para a empresa Boots Pure Drug Company, no Reino Unido, que levaram à descoberta do ibuprofeno em 1952
Os estudos duraram 10 anos. Em uma manhã, quando Adams sentia um pouco de dor de cabeça depois de uma noite de bebidas com os amigos, ele tomou uma dose de 660 mg de uma das fórmulas criadas pela time de pesquisa.
O pesquisador não só concluiu a apresentação que precisava fazer naquele dia como também encontrou a nova substância que ele e sua equipe tanto buscaram ao longo de anos.
A Boots patenteou o novo medicamento em 1962. Em 1969, a prescrição com receita do ibuprofeno foi aprovada.
Da década de 1970 até hoje, o ibuprofeno se tornou o analgésico mais popular do mercado, usado para aliviar dores de cabeça, nas costas, de dente e outras. Além de ser um anti-inflamatório bastante eficaz e também um ótimo antipirético que combate a febre.
Mesmo estando na categoria de Medicamento Isento de Prescrição (MIP), é importante fazer o consumo consciente e adequado do ibuprofeno quando necessário.
Em resumo, o ibuprofeno alivia a dor, a inflamação e a febre. Mas já parou para pensar como a substância age no organismo?
Os processos inflamatórios causam dor, como quando temos uma inflamação na garganta, por exemplo. Algumas doenças crônicas também. E uma tensão momentânea ou esforço em excesso pode causar dor de cabeça e dor nas costas, respectivamente.
O principal mecanismo do ibuprofeno é por meio da inibição dos precursores das prostaglandinas que são substâncias liberadas pela resposta do sistema imunológico2.
O que estimula a produção de prostaglandina é a via enzimática da ciclooxigenase que entra em ação quando as células da região afetada liberam ácido araquidônico.
As enzimas COX 1 e COX 2 agem no ácido araquidônico e aumentam a síntese de prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos que são substâncias responsáveis por mediar os sintomas de dor, febre e inflamação2.
O ibuprofeno age justamente bloqueando as enzimas COX 1 e 2, impedindo que o ciclo do ácido araquidônico se complete, o que, consequentemente, alivia a dor, reduz a inflamação e diminui a febre, quando presentes.
Por ser um inibidor não seletivo, o ibuprofeno bloqueia as duas enzimas envolvidas na via da ciclooxigenase, pois não distingue diferentes formas de uma mesma proteína.
Como a enzima COX 1 também tem a função de proteger a parede do estômago, o composto pode sensibilizá-lo durante sua ação, principalmente em pessoas que possuem gastrite ou úlcera.
Por isso, é preciso ter cuidados como não tomar o remédio de estômago vazio e não fazer uso prolongado sem indicação.
Mais adiante explicaremos em detalhes sobre os cuidados durante o uso do ibuprofeno e os efeitos colaterais comuns que podem ocorrer durante o uso.
O ibuprofeno serve para aliviar a dor de várias condições de saúde, como cólica menstrual, dor nas costas, na região pélvica, na lombar, dor muscular e de cabeça. O medicamento inibe a produção de prostaglandinas, o que proporciona o efeito analgésico.
Descrevemos abaixo as principais. Confira!
As cólicas menstruais são um dos sintomas naturais da menstruação devido às contrações musculares do útero que ocorrem antes ou durante o período menstrual.
A dismenorreia, por exemplo, começa um a três dias antes da menstruação, atinge o pico de intensidade 24 horas após o início do fluxo e desaparece depois de dois a três dias3.
Porém, a dor na parte inferior do abdômen pode ser contínua e maçante, incomodando até o fim do período. Além disso, as cólicas menstruais podem se irradiar para a parte inferior das costas e coxas3.
O ibuprofeno serve para cólica porque consegue agir nas contrações musculares do útero e no processo inflamatório que aumenta a produção de prostaglandinas e, consequentemente, a dor, bloqueando a ciclooxigenase.
Dessa forma, o remédio proporciona o alívio desejado para a cólica menstrual, ajudando as mulheres a passarem pelo período sem dor.
O ibuprofeno também serve para o alívio de dores nas costas que surgem por causa de um esforço pontual, de alguma tensão nos músculos ou nos ligamentos de estruturas nesta região4.
A dor nas costas pode ser uma dor muscular ou provocar sensações diferentes como a de pontada, de queimação ou a de levar facada. Além disso, também pode irradiar para uma das pernas4.
Dependendo da intensidade, reclinar o corpo, levantar, ficar de pé ou até andar pode piorar o sintoma4. O medicamento ajuda a proporcionar alívio para que, se necessário, seja possível procurar auxílio médico para tratar a causa específica da dor.
A dor pélvica, ou seja, na parte inferior da barriga (do umbigo para baixo), pode afetar o centro ou toda a área da pelvis. O tipo de dor varia, podendo ser súbita e intensa (chamada de dor aguda) ou durar seis meses ou mais (dor crônica)5.
Existem muitas causas de dor pélvica, desde uma infecção momentânea até a existência de uma doença que afeta um dos órgãos da região como:
Nesses casos, o ibuprofeno é um dos ativos que serve como analgésico para aliviar a dor. Outros medicamentos podem ser necessários como antibióticos e tratamento hormonal, dependendo da causa da dor e do tratamento que ela exige5.
A região lombar fica abaixo das costelas e acima da linha do glúteo, na parte inferior da coluna. É um foco comum de dor tão comum que, segundo a Organização Mundial de Saúde, afeta 7 a cada 10 pessoas ao longo da vida.
O ibuprofeno também serve para dor no corpo desse tipo, proporcionando alívio quando o sintoma surge de forma repentina (dor aguda) na prática de um esporte ou ao levantar ou carregar muito peso6.
Se a dor durar mais de três meses, é considerada crônica. Então, caso não haja melhora dentro de 72 horas com a medicação, o recomendado é consultar um médico6.
A dor muscular pode ser causada por diversos fatores como lesões, infecções e doenças. A sensação dolorosa pode ser aleatória e passageira como a dor que surge após um exercício físico ou profunda e contínua, indicando a possível existência de um quadro crônico7.
Enquanto algumas pessoas têm dores musculares em todo o corpo, outras têm apenas em áreas específicas.
O ibuprofeno pode ser utilizado para aliviar o sintoma, mas também exige apoio médico dependendo da causa, principalmente se a dor voltar e não estiver ligada a algo pontual da rotina7.
O remédio também serve para dor de cabeça, principalmente quando a causa é tensional, o tipo mais comum, ocasionado por estresse ou insônia, por exemplo.
Aproximadamente 40% das pessoas em todo o mundo têm dores de cabeça do tipo tensional e cerca de 10% têm enxaqueca, que é uma condição neurológica, cujo tratamento é diferente8.
Por isso, é importante estabelecer a causa da dor de cabeça para reduzir os gatilhos causadores e melhorar a qualidade de vida. No caso de dor tensional, gerenciar os fatores de estresse é uma das medidas essenciais para ter uma rotina saudável8.
Para tomar ibuprofeno corretamente é fundamental seguir as instruções da bula em relação à dosagem e ao intervalo entre as doses para uso seguro. A forma de tomar o medicamento muda dependendo da forma de apresentação: gotas ou cápsulas.
Se um médico prescreveu o remédio, siga a orientação da receita para tratar o seu quadro de saúde. Em caso de dúvida, sempre recorra ao seu médico ou a um farmacêutico.
No caso de Buscofem, por exemplo, o ibuprofeno líquido é envolto por uma cápsula de Liqui-GelTM. Dessa forma, o medicamento é fácil de engolir, não tem sabor e é rapidamente absorvido pelo organismo, promovendo alívio das dores duas vezes mais rápido que comprimidos.
A dose recomendada na bula é de uma cápsula três vezes ao dia, com intervalo mínimo de 4 horas. Não é recomendado passar de três cápsulas por dia, o equivalente a 1200 mg/dia9.
As cápsulas devem ser ingeridas por via oral inteira — nunca partidas, abertas ou mastigadas — e com quantidade suficiente de água9.
Caso haja sensibilidade estomacal, a água pode ser substituída por leite ou recomenda-se tomar o remédio depois das refeições9.
Outro detalhe importante é não prolongar o uso por mais de 7 dias. Não desaparecendo os sintomas, deve-se procurar orientação médica9.
Buscofem está disponível em cápsulas Liqui-GelsTM, que são indicadas para consumo adulto e pediátrico acima de 12 anos. Para crianças abaixo dessa idade e também idosos, recomenda-se consultar um especialista que irá auxiliar na recomendação mais adequada9.
Os pacientes com 60 anos ou mais apresentam reações adversas aos AINEs com maior frequência, especialmente sangramentos e perfurações gastrintestinais, que podem ser fatais9.
Já para crianças abaixo de dois anos, a dose varia de acordo com o peso. Por isso, a orientação médica é necessária.
Para efeito antipirético a dose recomendada é de 5-10 mg/kg, a cada 6 horas, ou seja, máximo de 40 mg/kg por dia. Para fim anti-inflamatório, recomenda-se 20 a 40 mg/kg/dia divididos em 3 a 4 doses1.
Não é indicado tomar ibuprofeno se:
Para as mulheres que estiverem planejando engravidar, grávidas ou amamentando, o uso de ibuprofeno exige alguns cuidados.
Nos casos de tentativa de engravidar ou gravidez recente (durante o primeiro e segundo trimestres), a dose de ibuprofeno deve ser mantida baixa e a duração do tratamento o mais curta possível, se for necessário e não houver outra opção de medicamento9.
Depois do terceiro trimestre de gravidez, o medicamento é contraindicado, pois pode causar problemas com o parto ou nos estágios finais da gestação11.
O ibuprofeno passa para o leite materno em concentrações muito baixas, portanto, é improvável que provoque problemas para o bebê12.
Mesmo assim, o medicamento não deve ser utilizado por mulheres tentantes, grávidas ou lactantes sem orientação médica9.
Em março de 2020, uma publicação na revista The Lancet sobre o uso de ibuprofeno em pacientes contaminados com o novo coronavírus, resultou em uma não recomendação de uso pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Porém, mais tarde, em março de 2022, a OMS fez um novo posicionamento sobre a utilização do princípio ativo no tratamento da Covid-19.
Segundo a nota da Anvisa, a conclusão foi de que "não há evidências científicas conclusivas sobre o agravamento da infecção pelo novo coronavírus devido ao uso de ibuprofeno”.
Diante das incertezas que a doença ainda gera, o órgão recomenda que médicos e profissionais de saúde busquem outros medicamentos disponíveis para gerenciar os sintomas de dor e febre da Covid-19.
Destacando que todo medicamento traz benefícios e riscos, a Anvisa destaca que é importante utilizar os remédios na dose mais baixa possível, seguindo os protocolos já definidos para a doença.
Os principais efeitos colaterais causados pelo ibuprofeno dependem da dose administrada e da duração do tratamento9. Confira os dois grupos principais:
Os principais são reações do tipo alérgica como:
Observação: caso ocorra sangramento ou ulceração durante o uso de ibuprofeno, é recomendada a interrupção do tratamento. Assim como qualquer reação incomum9.
Sim. Em um artigo publicado na Harvard Health Publishing, Robert H. Shmerling destaca que “o perfil de segurança dos AINEs é geralmente muito bom, especialmente quando tomado em pequenas doses por curtos períodos de tempo”.
Por isso, a venda de ibuprofeno no mercado é apenas de produtos com doses baixas do princípio ativo.
Como todo medicamento traz consigo algum tipo de risco como apontamos acima, a segurança depende do consumo consciente e do cuidado em evitar a automedicação. Especialmente, se a dor não desaparece.
Agora que você já sabe os principais detalhes relacionados ao ibuprofeno, reunimos as perguntas mais frequentes (e as respostas) sobre o medicamento que você precisa saber. Confira!
A melhor forma de tomar ibuprofeno depende da preferência de cada paciente. Existem versões do medicamento em gotas, comprimidos, cápsulas e cápsulas Liqui-GelsTM.
As cápsulas Liqui-GelsTM envolvem o ibuprofeno líquido, que é a versão absorvida mais rápido pelo organismo, tornando as cápsulas mais fáceis de engolir e sem sabor residual, promovendo alívio prolongado das dores.
Para se ter uma ideia, uma cápsula Liqui-GelTM faz efeito duas vezes mais rápido que um comprimido convencional12.
As principais interações medicamentos que devem ser evitadas com ibuprofeno são:
Observação: o consumo de ibuprofeno com álcool também traz efeitos indesejáveis particularmente relacionados ao trato gastrintestinal ou ao Sistema Nervoso Central e não é recomendado9.
Não, a função do ibuprofeno é aliviar as cólicas e dores menstruais que contecem durante o período. O medicamento regula a síntese de prostaglandinas (causadoras da dor) pelo endométrio durante a menstruação, aliviando o sintoma e também regulando a quantidade do fluxo13.
O ibuprofeno tem função analgésica, anti-inflamatória e antipirética. Já o paracetamol tem apenas as ações analgésica e antipirética. Apesar de ambos terem bom desempenho, o ibuprofeno tem a vantagem de agir mais rápido e ter um efeito mais prolongado14.
O ibuprofeno é a princípio ativo de Buscofem, uma fórmula que age diretamente nas dores de cabeça, muscular e cólica menstrual.
Dessa forma, é um aliado da saúde da mulher, proporcionando alívio rápido e prolongado das dores do dia a dia e contribuindo para a qualidade de vida física e emocional nas diferentes fases e momentos da vida.
Se dói nas mulheres, Buscofem!
O ibuprofeno é uma molécula que possui ação analgésica e anti-inflamatória contra as cólicas menstruais, dores de cabeça e no corpo.
Nas versões em cápsulas líquidas, a ação acontece a partir de 20 minutos após sua administração e permanece por 4 a 6 horas.
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