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Para muitas mulheres, a ejaculação feminina permanece envolta em mistério, mal-entendidos e mitos, sendo comumente ignorada devido à falta de informação precisa. No entanto, trata-se de um aspecto natural da sexualidade da mulher e que merece ser entendido e discutido com clareza e respeito¹.
Se você já se perguntou sobre esse fenômeno ou se sentiu curiosidade em compreender mais sobre o seu próprio corpo, este artigo é para você.
Nas próximas linhas, vamos explicar como é a ejaculação da mulher e desvendar os mitos que a cercam.
Continue a leitura para entender quais são os hormônios liberados nesse ápice de excitação, qual a diferença entre orgasmo e ejaculação e qual a importância do orgasmo para a saúde da mulher.
Podemos definir o que é a ejaculação feminina como a liberação de um líquido pela uretra durante o ápice da excitação sexual. É uma parte natural da sexualidade da mulher e, ao contrário do que muitos imaginam, não está diretamente ligada ao orgasmo - embora possa ocorrer em conjunto com ele¹.
A ejaculação feminina, muitas vezes referida como squirting, envolve a liberação de um líquido pelo canal uretral quando a excitação sexual alcança seu ápice1, 2.
Esse líquido costuma ser claro e inodoro; sua composição ainda está sendo estudada, mas análises laboratoriais sugerem que pode conter uma mistura de urina diluída, fluido prostático, fluido das glândulas de Skene (também conhecidas como a "próstata feminina") e fluido vaginal1, 2.
O processo fisiológico por trás da ejaculação feminina é complexo e ainda não totalmente compreendido1, 2.
O que se sabe é que, durante a excitação sexual, o tecido erétil ao redor da uretra (conhecido como esponja uretral ou corpo parauretral) se enche de sangue, assim como acontece no pênis durante a ereção. Isso tende a provocar uma sensação de pressão na área pélvica1, 2.
À medida que a excitação continua e atinge o seu ápice, a pressão sobre a esponja uretral pode resultar na expulsão do líquido pela uretra. A liberação desse líquido pode ocorrer simultaneamente com o orgasmo ou em momentos separados do ápice do prazer sexual1, 2.
É importante notar que a ejaculação feminina pode variar em termos de quantidade de líquido liberado, frequência e sensação associada1, 2.
Ou seja, nem todas as mulheres ejaculam pelo canal uretral, e aquelas que o fazem podem não experimentar a ejaculação consistentemente1, 2.
Explorar como é a ejaculação da mulher também nos leva a entender melhor os hormônios envolvidos nesse processo. Durante a excitação e o orgasmo, ocorre uma complexa interação hormonal, influenciando a resposta sexual, seu bem-estar geral e saúde sexual³.
Os hormônios que você verá a seguir trabalham em conjunto para criar uma experiência sexual satisfatória e favorecer o bem-estar físico e emocional da mulher³.
A dopamina é um neurotransmissor associado ao prazer e à recompensa. Sua liberação durante a atividade sexual pode intensificar as sensações de prazer e satisfação³.
"Hormônio do amor" ou "hormônio do vínculo" são nomes dados à ocitocina, que desempenha um papel fundamental no estabelecimento de laços emocionais e sociais³.
Sua liberação durante o orgasmo pode promover sentimentos de intimidade e conexão com o parceiro³.
As endorfinas são hormônios analgésicos naturais que ajudam a aliviar o estresse e promover o bem-estar. Sua liberação durante o orgasmo pode contribuir para uma sensação de relaxamento e contentamento³.
A prolactina é um hormônio que atua na produção de leite materno, mas também é liberada durante o orgasmo. Sua função exata na sexualidade feminina não é completamente compreendida. No entanto, tem sido associada à sensação de saciedade sexual após o orgasmo³.
Apesar de ser tipicamente considerado um hormônio “dos homens”, a testosterona é produzida pelas mulheres - mesmo que em quantidades menores³.
A liberação de testosterona durante a atividade sexual pode aumentar o desejo e a excitação³.
É importante ressaltar que a resposta hormonal pode variar de uma pessoa para outra e ser influenciada por uma variedade de fatores, incluindo saúde geral, idade e contexto emocional³.
Veja também: Desequilíbrio hormonal: decifrando causas, sintomas e tratamentos
O orgasmo e a ejaculação são dois fenômenos distintos que frequentemente ocorrem em conjunto durante a atividade sexual, mas não são necessariamente interdependentes1, 2.
O orgasmo é comumente descrito como o ápice do prazer sexual. Manifesta-se por meio de ritmadas contrações dos músculos pélvicos, incremento na frequência cardíaca, respiração acelerada e uma profunda sensação de êxtase1, 2.
É uma resposta física e sensorial ao estímulo sexual, geralmente acompanhada por uma sensação de liberação e satisfação1, 2.
Por outro lado, a ejaculação é a liberação de fluido pelas glândulas sexuais durante o ápice da excitação sexual. No contexto masculino, a ejaculação está frequentemente associada à expulsão de sêmen pelo pênis1, 2.
No entanto, no contexto feminino, a ejaculação refere-se à liberação de líquido pela uretra, conhecida como ejaculação feminina ou squirting1, 2.
Nem todas as mulheres experimentam a ejaculação feminina, e ela não é uma condição imprescindível para o orgasmo1, 2.
Diferentes pontos traduzem a importância do orgasmo para a saúde da mulher. Destacamos os principais²:
Apesar da complexidade do processo fisiológico, a ejaculação feminina é uma parte normal da sexualidade e não deve ser motivo de vergonha ou constrangimento¹.
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